sexta-feira, 27 de novembro de 2009

desabafo


Boca que acompanha cada instante e que faz da palavra amiga veneno e do veneno uma doce vontade.
Me diga quando falar ou quando calar...
Não permita que eu caia de novo
Me permita ser forte...
Oferto a rosa como uma ultima tentativa de te fazer perceber que ainda quero ser tua amiga.... Você não percebe mas aos poucos perde aquela que um dia tanto te admirou...
Tenha uma atitude e mude, me faça ver novamente aquele que um dia me conquistou...
Ainda te aguardo no velho balanço...

3 comentários:

  1. A tarde estava encoberta pelas nuvens. De longe, uma mulher de olhos presentes, e, delongadas madeixas, com suas mãos interpostas às hastes que suspendem aquele velho balanço. Havia tanto tempo que ali estivera pela última vez. Creio que ainda era uma guria, e, os teus olhos ainda carregavam o brilho dos sonhos que se perderam no tempo. Lembrava-se do vento, libertando as suas faces, lembrava-se do burburinho das crianças que brincavam ao fundo do parque. Tudo parecia tão distante agora. O velho balanço, enferrujado, ainda rangia os últimos pensamentos ali esquecidos, enquanto as roseiras pareciam chorar ao chão, naquele mesmo quedar de pétalas rosáceas. O tempo agira nela com fúria, durante todo esses anos, mas, ali, sentada naquele velho balanço, o mesmo tempo parecia indiferente ao que havia lhe provocado. O ontem já não era mais um passado. O hoje estava agora tão presente.
    Fechou os olhos como sua mãe lhe ensinara. E não tão sem demora sentiu que lhe encobriam à altura deles. Tocou a mão que lhe tocara os olhos. A alegria de menina perdida banhou-lhe as faces. Ele não havia se esquecido de seu último pedido. Ainda que por caminhos contrários e perdidos, eles retornariam àquele velho balanço, pois o tempo enferruja todas as correntes, mas também liberta as mais puras amizades.

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  2. obrigada pela emoção que proporciona...

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  3. Havia um tempo em que alguns momentos, não eram somente poesia. O céu não mais era azul e a luz apagou-se por completo. Os versos não faziam sentido e tudo o que foi lido, parecia ter sido em vão. E esse tempo passou, com ele as coisas mal resolvidas, os momentos de desacerto e as inquietudes que dominavam a alma. Depois de tudo, todos aprenderam a fazer poesia, sem rimas... apenas poesia. Um sorriso, uma certeza... A certeza de que tudo, sempre vale a pena, mesmo que por alguns momentos a poesia não compense e as lágrimas façam parte disso tudo... Sempre irá valer a pena. Obrigada, Larissa...

    Um beijo grande

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