sexta-feira, 10 de abril de 2009

uma taça

Me da uma taça de vinho e um cinzeiro por favor...
Tome...Aproveite e leve daqui toda essa tristeza e essas minhas besteiras em tua bandeja...
Tens fogo? Perdi o meu...
Queima como instantes de minha vida...A chama é intensa e brilhante...O gosto do vinho parece mais acentuado, encorpado do que nunca...parece que em cada gole desce junto uma parte de minhas lembranças como se fosse possível assim ser...
Garçon... Mais uma taça...Ou melhor me deixe a garrafa, tão cedo não saio daqui...
Ainda te espero...Não acho que isso seja em vão...
Uma folha e uma caneta me seriam de bom tom agora...Me ajudariam a tirar da cabeça essas besteras...
Ou se eu fosse forte para gritar...Queria poder gritar tudo que sinto aqui nesse peito que dói...
O cigarro apagou...O vinho acabou... Só ficou esse vazio que não de onde vem nem para onde vai e os cacos da taça que joquei longe quando me dei conta que chorava...

Um comentário:

  1. Lindo texto.
    Verdadeiro ou não, é mais sincero do que se pode imaginar.
    Acabei lendo ouvindo "Changes" do Black Sabbath, foi por acaso, mas acabou sendo uma experiência bastante interessante. Tente experimentar.
    Parabéns.

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